A incongruência do tempo
Estou conseguindo respirar faz 15 minutos e tenho achado esquisito. Se ninguém me der nada para fazer nos próximos momentos vou desconfiar de que está começando a quinzena mamata do mês. Cuja existência é uma das vantagens de trabalhar numa revista em vez de num jornal, embora o tempo livre nos faça aceitar frilas que só serão concluídos na quinzena irrespirável. Começo a me adaptar: os dias praticamente livres duram o suficiente para eu preguiçar até cansar da insustentável inutilidade do ser, e os dias cheios rendem o bastante para dar uma saudade desmedida de preguiçar. O foda é que estão me roubando nesta conta, porque a quinzena em que não respiro é mais longa. Alguém poderia argumentar que, sendo metade do mês, não poderia ser maior que a outra metade, mas é sim. Para não desmerecer nenhuma delas, encaixo minhas ressacas em ambas. E agora terei de voltar a encontrar tempo para as aulas, sem perder a média razoável de uma viagem por mês. Continuo assustada com a pressa do tempo, que eu jurava que ia acalmar com a mudança da rotina. Vai fazer três meses que o ano começou, e, não fossem as quinzenas durarem um mês, estaria certa de que 2006 teve só uns 20 dias.
6 Comments:
Olá, Raq! Dei uma sumida dos comentários, mas estou sempre por aqui. Teu blog continua ótimo, parabéns!
14/3/06 11:22 AM
nossa, finalmente entendi e te achei. desconfio até de mim agora... que lerda eu sou!
14/3/06 7:02 PM
brigada, julia! você andava sumida, mesmo. entro no seu blog às vezes tb, gosto dele!
suuuuu, sua looooooouca.
15/3/06 10:08 PM
Ao menos vc está respirando! Isso é um bom sinal com segundos medios em centésimos!
16/3/06 1:34 AM
eu costumava achar que o Marcos era o cara que tinha o texto mais brilhante do mundo. na verdade, continuo acreditando nisso. mas agora penso que você é mina que tem o texto mais bacana que conheço. você tá dividindo o posto com ele. que tal? hahahaha
18/3/06 10:06 PM
muda! muda!
27/3/06 6:50 PM
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